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Distorções cognitivas no trabalho

Você tem investido muito tempo e esforço em seu trabalho para conseguir uma promoção e surgiu uma grande oportunidade para demonstrar suas habilidades e capacidade de assumir novos desafios, contudo, os gestores avaliaram como não sendo a hora para lhe proporcionar essa mudança.

Qual a primeira coisa que lhe vêm em mente?

a) Talvez eles precisem de mais tempo para me preparar;
b) Sou inútil e incapaz para desenvolver esse trabalho;
c) Só não fui promovido por não ter sido indicado.
d) Pode ser que hoje eles não tenham condições de investir nesse novo trabalho.

Se o primeiro pensamento que lhe veio em mente se aproximou das alternativas “b” ou “c”, existem chances de você estar sento boicotado por sua própria mente. Este é um exemplo de situações comuns, nas quais podemos identificar a ação desses pensamentos sobre a nossa vida. A maioria desses pensamentos são resultantes de crenças relacionadas às experiências vividas que ficaram guardadas na memória.

Neste texto, trataremos especificamente dos pensamentos negativos e disfuncionais, ou seja, que geram interpretações deturpadas da realidade que podem estar comprometendo além da sua carreira as suas relações profissionais e pessoais. Na psicologia cognitiva essas interpretações são conhecidas como Distorções Cognitivas.

A seguir 10 distorções mais comuns em nossa vida cotidiana e no trabalho:

1. CATASTROFIZAÇÃO

Pensar na pior possibilidade para um evento sem analisar outros fins. Ex. “Se eu perder esse emprego minha vida estará acabada”, “se eu fizer isso errado, com certeza vou ser demitido”.

2. PREVISÃO DO FUTURO

Muito comum em pessoas ansiosas, é a distorção resultante da antecipação do que pode vir a acontecer de ruim. Ex.: “Não vai dar certo”, “Não vou conseguir”.

3. LEITURA MENTAL

Acreditar que sabe o que os outros estão pensando sem ter evidências para tal hipótese. Ex.: “Eles não estão satisfeitos com o meu trabalho”, “Esse gestor não vai com a minha cara”.

4. GENERALIZAÇÃO

Generalizar um único evento ruim a outras situações, como um padrão. Ex.: “Não vou trabalhar com esse formato, da última vez não deu certo”, “Não vou mais investir nisso, pois da última vez fui enganado”.

5. PERSONALIZAÇÃO

Assumir a responsabilidade ou culpa por situações que não deram certo, sem pensar em diversos outros fatores que possibilitaram esse desfecho. Ex.: “Esse emprego não deu certo por culpa minha”, “Meu chefe está bravo, devo ter feito algo errado”.

6. DEVERIA, EU TENHO QUE

Comum em pessoas perfeccionistas muito críticas sobre si. Ao invés de observarem as coisas simplesmente como são, criarem expectativas sobre como elas deveriam ser. Ex.: “Eu tenho que ser perfeito em tudo que faço”, “Tudo precisa estar impecável”, “Eu deveria ter dado mais de mim”.

7. VITIMIZAÇÃO

Culpabilizar o outro como responsável por suas emoções negativas, isentando-se do problema. Ex.: “Deu errado, porque você não me ajudou”, “Aconteceu, porque você não me impediu”.

8. EMOCIONALIZAÇÃO

Deixar que os pensamentos sejam guiados por sentimentos sobre algo, assumir os sentimentos como fatos. Ex.: “Sinto que não vai dar certo”, “Estou sentindo que meus colegas não gostam mais de mim”, “Não vou sair, porque sinto que não conseguirei oportunidade melhores”.

9. ROTULAÇÃO

Habituar-se a taxar a si e aos outros de maneira classificatória e global, sem considerar outras variáveis. Ex.: “Não fui promovido, porque sou incapaz, “ele foi demitido, porque é uma pessoa ruim”.

10. PENSAMENTO DICOTÔMICO

Avaliar pessoas ou situações no famoso “8 ou 80”, “certo ou errado”, como forma de polarizar diversos contextos sem observá-los de forma completa. Ex.: “Se eu não ficar em primeiro lugar, sou um fracassado”, “Se não for para ser perfeito, não vale a pena tentar”.

Evitar esses tipos de pensamento e começar a avaliar as coisas e situações com uma perspectiva mais positiva é um processo difícil que demanda dedicação, treino e principalmente autoconhecimento. O acompanhamento psicoterapêutico pode facilitar muito este processo possibilitando maior reflexão sobre seus pensamentos e julgamentos sobre si e o mundo, de forma a refletir sobre crenças enraizadas em nossa maneira de pensar e agir.

Outra alternativa eficaz seria o processo de Coaching através de autodesenvolvimento focado na criação de estratégias para lidar com esses pensamentos no ambiente de trabalho, direcionando o profissional na busca de seus objetivos e explorando suas máximas potencialidades.

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